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quinta-feira, 5 de maio de 2011

Um visão sociopsicoteológica II

A diaconia por certo é manifestada em textos bíblicos e exaltada pelas próprias ações do mestre Jesus Cristo. O Salvador veio para a ajuda eterna, ou seja, para solucionar o destino destruído do homem, no entanto, a Sua obra é completa e inigualável, acarretando assim a ajuda na vida temporal, e nas necessidades temporais. Por certo Paulo em suas viagens visualizou as necessidades de crentes de várias localidades, inclusive de Jerusalém, por isso enfatiza em alguns momentos em suas epístolas o trabalho de levantamento de ofertas a serem utilizadas no socorro dos irmãos necessitados. Quando o Cristianismo se tornou estatal, ou seja, religião oficial do Império, suas práticas são legalizadas e pragmatizadas pela situação de época, estabelecendo assim novos rumos para as relações sociais.
Como decorrer dos tempos e co o fortalecimento do Cristianismo e a Igreja sua principal instituição representativa, torna-se gananciosa o que deveria ser uma situação altruísta. Infelizmente com o poder o homem se corrompe e não consegue enxergar o real valor de uma ação socorrista, ou de uma ação benevolente e piedosa, pois os olhos de um ganancioso só conseguem visualizar uma situação favorável egoísta e impiedosa. No entanto, ainda assim vemos surgirem neste tempo instituições importantes especializadas na causa do bem estar do próximo. Ainda havia a esperança do bem, ainda se via a herança dada por Deus em criação do homem.
Quando o mundo passou pelas guerras e pela total destruição de benesses o sentimento foi de desfavorecimento total. Surge depois deste período o questionamento sobre a existência de Deus (Nietzsche), o que sugeriria um total desprezo do que Deus e seu filho Jesus sempre ensinaram. Ou ainda, uma filosofia conhecida por Niilismo (Jean Paul Sartre) tendo como principio o descrédito na humanidade e naquilo que o homem pode fazer de bom, sendo que nesta, poderíamos escolher entre aguardar o mundo se autodestruir ou apressar para que isso aconteça. É claro que a valorização da vida venceu a todas estas filosofias.
Nos dias de hoje, o cristianismo precisa pensar mais seriamente na satisfação das necessidades dos menos providos. É preciso agir com equilíbrio na satisfação material e espiritual. Não há fé se não houver obras, no entanto, não são as obras que demonstram fé. Entendemos que ao entendermos a obra de Cristo e ao sermos constrangidos pelo amor de Deus (1ª Co 15) é automático o nosso interesse pelo próximo. Somos atingidos por este amor e por esta necessidade de praticarmos este amor. A Igreja deve atentar para o fato de que a verdadeira prosperidade é aquela em que temos as nossas necessidades satisfeitas e ainda temos para abençoar a quem precisa, nunca a capacidade de acumular bens.
Te Deum Laudamus
Pr. Me. Sergio Gil

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