VAMOS PREGAR A FÉ, A SALVAÇAO E A LIBERTAÇÃO!

sábado, 2 de julho de 2011

A Possibilidade Relacional entre Religião e o Conhecimento

Sergio Gil1

Uma relação coexistente entre a religião e o conhecimento traduz a existência ambígua da revelação e a ciência, ou da fé e razão. Para muitos, estas são totalmente diferenciadas e distintas e por isso, não têm condições se portarem juntas. Será que isto é uma verdade? E que verdade seria, a revelada ou a científica? Na verdade revelada, transcrita através de esforços transmissivos, como a teologia, são utilizadas formas lingüísticas e simbólicas. Seria suficiente para razoabilizar esta questão? Levando-se em conta esta satisfação, por intermédio do símbolo e da lingüística, como se dariam suas perspectivas educacionais, e como se daria o progresso pedagógico nesta instância? Talvez os ritos pudessem nos trazer uma resposta satisfatória quanto o funcionamento e abrangência mitológica na sociedade, tornando assim, algo mais científico e observável, além de proteger e conservar o que atesta ser verdade revelada. Seria este caminho a ser tomado?
Quando tocamos nas formas simbólicas, fatalmente, nos lembramos das teóricas freudianas sobre os símbolos e o quanto estes fazem parte de nossas vidas cotidianas. A fórmula freudiana consiste em determinar que o símbolo seja constituído de simbolizante, e simbolizado
As controvérsias diante dos símbolos sempre foram e continuam sendo alvo de arraigados debates, conquanto a veracidade dos mesmos. Antes mesmo de descobrirmos esta veracidade é preciso que descubramos o que é verdade. A filósofa Marilena Chauí descreve que a verdade é interpretada como "
essência do objeto estudado, deixando de lado a aparência, pois esta é escravizadora. Uma interessante frase de Paulo Freira nos leva a reflexão:
2. Como, por exemplo, a cruz. É um símbolo. Simbolizante de morte, que para os cristãos, simboliza um recomeço uma nova vida, uma extensão de vida. Para os não cristãos, simboliza simplesmente o fim. Não obstante, no tocante ao teológico o símbolo oferece influência específica quanto ao que se deve lembrar, e ao que se deve reconhecer diariamente. O símbolo mantém uma unidade para a reflexão em um só caminho. Talvez funcione como um código, uma orientação, um direcionamento. Utilizando o mesmo símbolo, anteriormente, mencionado de maneira teológica, a cruz oferece a idéia de sacrifício, de morte por outro, por substituição, pela necessidade. O mesmo símbolo significa perdão, renovo e uma nova oportunidade, renascer. O conhecimento científico não possui ferramentas para chegar ao que move esta verdade, mas pode, contudo, observar o fenômeno que ocorre conquanto as mudanças ocorridas, na vida dos homens, a partir destas traduções teológicas. aletheia/competência" (gregos), "veritas/correspondência" (latim - romanos), "emunah" (hebreus/consenso) e a pragmática3. Para tanto, a verdade aletheia, seja um acordo entre o pensamento e a realidade. As subseqüentes, veritas e emunah sejam um acordo entre o pensamento e a lingüística, ambos em si. Sendo que veritas correspondente aos fatos que ocorreram e emunah ao consenso do que virá. Ambos os conceitos definem a verdade como o consenso ou o acordo para todos. Abastecidos destes conceitos, a consensualidade simbólica, suas correspondências, e seu pragmatismo, ou o uso práticos destes, promovem a educação e o aprendizados de conceitos de vida, de atos e direcionamento de sociedades. A verdade deve libertar, deve conceder o encontro com a "teologia deveria estar envolvida com a educação libertadora e uma educação
libertadora deveria estar envolvida com a teologia
 4 Carlos Alberto Torres Novoa. Diálogo com Paulo Freire, p. 39. 5 Girardi, Rene. Violência e o Sagrado. São Paulo: UNESP. Paz e Terra, 1990. 6 __________. Bode Expiatório. São Paulo: Paulus, 2004.
Com a sua famosa frase, Paulo Freire expressa:
É observável, através de fatos, de notícias e até de experiências próprias que a sociedade moderna, em âmbito mundial, sofre com o comportamento de jovens que não sabem como viver diante dos desafios modernos. As deturpações de conceitos, a falta de valorização da vida, os objetivos fúteis, a idéia de valer o quanto tem, e não o quanto é. A preocupação com coisas passageiras e corruptíveis e o desprezo com as coisas incorruptíveis, nos mostram que há um erro na educação. Talvez, faltem os símbolos. Rene Girardi, um importante antropólogo, trabalha com a tese do "
Mario Sergio Cortella cita em sua obra: "
sempre mudando, sempre crescendo, sempre aprendendo. Por certo, Heráclito de Éfeso
 9 KANT, Immanuel. Crítica da faculdade do juízo. Tradução de Valério Rohden e António Marques. Rio de Janeiro, RJ: Forense Universitária, 1993. 10 Mimesis: A representação da realidade na literatura ocidental, de Erich Auerbach, 1953
7 Mondim, Battista. Curso de Filosofia, Vol. 01. São Paulo: Paulus, 2008. Pg. 28
8 Idem. Pg 31
"ninguém educa ninguém, nós nos educamos em comunhão". Verdades consensuais, verificadas e atestadas, que correspondem aos fatos e podemos verificar seus efeitos pragmáticos. Ora, uma sociedade educada gera a libertação da prisão do desconhecimento, da falta de diálogo, e do expressar sentimentos. Importantes e primordiais para a identificação de problemas, deficiências e a descoberta de soluções. Sabemos que a falta de verdade é tornada quando qualidades e propriedades, não são cabíveis aos objetos estudados, ou quando negamos os mesmos quando são cabíveis. Sem educação, não poderíamos identificá-los. É relevante o fato de que uma educação "comungante" e libertadora das opressões sociais que a própria estrutura humana cria, pode criar um ambiente saudável e verdadeiro. A prática desta educação verdadeira é competente, consensual, e correspondente às nossas necessidades, portanto, de profunda utilidade. mimetismo", ou seja, o homem tem o desejo de tomar o que o outro tem. A complexidade deste sentimento, segundo Girardi, é encontrada em toda a sociedade e em todos os tempos5. É tão forte que a econtramos, inclusive, nos mitos, os quais são reverberações de sentimentos humanos "deusificados". Sem os símbolos, como por exemplo, do perdão, não poderíamos solucionar tal problema. Seríamos uma sociedade autodestrutiva, ou nem seríamos mais sociedade. Rene Girardi menciona que o que mimetismo desenha o desejo de ser o outro e, quando isto não é possível, ocorre a violência. Esta violência também pode ser observada quando o outro desejado não quer que o que deseja obtenha êxito. A violência aí seria recíproca. Para satisfazer este conflito ocorre a eleição de um "bode expiatório6". Alguém que é sacrificado, alguém que é marginalizado, para pagar esta violência. Os jovens da sociedade moderna estão elegendo "bodes expiatórios" para manifestarem sua violência. O desafio da Educação Religiosa é pleno conquanto procure demonstrar a importância dos ritos, dos símbolos, dos mitos, neste processo de aprendizagem e de verdades consensuais contrariando as verdades individuais, destrutivas e aparentes. Um rito interessante seria trazer à memória a idéia de um mito que traz símbolos objetivando um sacrifício de alguém que foi marginalizado, alguém que tentaram imitar de forma negativa, alguém que é violentando, mas este mesmo alguém ressurgiu depois da violenta morte e, está disposto ao perdão. Com isto, este alguém, que é o Jesus de Nazareth, não extermina a "mimesis", mas oferece uma solução para a violência, o perdão. Por que não, ensinar isto aos jovens da sociedade moderna? Não nascemos prontos. Provocações Filosóficas", que o homem não nasce feito em sua capacidade racional, muito pelo contrário, estamos 7 (VI a. C.), iria concordar com esta exposição, defendendo que tudo muda. Tudo o que existe sofre mudanças. Em contra partida, Parmênides8 (séc. V a. C.) afirmando que tudo é, e não existe o não ser, pois se não é, não existe, sendo que, as mudanças são simplesmente ilusões. O ser continua ser. Neste caso, considero que a verdade não muda. A sua essência não pode mudar, no entanto, nós mudamos e nos adequamos a ela. Estamos sofrendo uma permanente mudança, com permanentes aprendizados, com perspectivas de erros e também de acertos, considerando as diversas formas de expressão e, respeitando as diversas formas mitológicas e de ritos para expressar a verdade. Uma verdade que pode ser observável como fenômeno e uma verdade que simplesmente é sob a forma de "noumeno"9 (objecto ou evento postulado que é conhecido sem a ajuda dos sentidos, na Filosofia de Kantiana). Entender isto não é uma tarefa fácil, muito pelo contrário. Imaginemos então ensinar isto... O grande desafio é crescermos juntos. Usar a "mimesis10" de formar sadia encontrando a solução para a violência e o descaso com os oprimidos. Uma educação que traz libertação, com símbolos teológicos proponentes da comunhão, do estar juntos, aprendermos juntos, resolver juntos, sentir juntos, viver juntos, parafraseando Paulo Freire. Como pessoas, precisamos aprender muito com tais pensamentos e como educadores precisamos respeitá-los em cada indivíduo lutando para o crescimento de todos. Aprendermos juntos por uma sociedade sadia. Para que se torne habitável o nosso ambiente.

1 Sergio P. Gil de Alcantara é Pastor Protestante, Psicanalista Clínico, Professor. Mestre em Filosofia da Religião, pós graduado em Teologia Comparada, bacharel em Teologia e Filosofia e Licenciando em Sociologia
2 FREUD, Sigmund. A Interpretação dos Sonhos. Capítulo VI "O trabalho do sonho", Obras Completas, vol. V, Rio de Janeiro, Imago, 1972. 3 Chauí, Marilena. Convite a Filosofia. Unidade 3. A Verdade. Capítulo 3. As Concepções da Verdade. São Paulo: Ed. Ática, 2000.
."4

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Teologia Ambiental e a Fé Protestante

Seguindo os passos de uma orientação baseada em pesquisa, articulada através de entrevistas, cujo alvo é ter uma maior percepção do assunto "teologia ambiental", em meio aos que professam a fé protestante, nos foram reveladas situações que valem o nosso apreço e consideração. Para tanto, um questionário foi distribuído para homens e mulheres, líderes e não líderes, estudantes de teologia e os mais leigos e de diferentes denominações, com suas pontuações teológicas diversas. Essa pesquisa foi elaborada nas cidades de São Gonçalo e Niterói, ambas na região metropolitana do Rio de Janeiro, Brasil.
As perguntas elaboradas em uma folha, de pesquisa, foram diretas e as respostas otimizadas através de múltiplas escolhas da seguinte forma:1. Há quanto tempo você vive/pratica a sua fé? (   ) – de 01 ano (   ) 01 ano  (    ) 02 anos (    ) + de 03 anos  (    ) + de 03 anos. 2. Porque você a pratica? (    ) Tradição (    ) Conversão (    ) Não sabe responder. 3. O que mais lhe estimula a prática de sua fé? (   ) Renovo   (   ) Caridade   (   ) Prosperidade (   ) Arrependimento. 4. Você diria que a prática da sua fé está mais relacionada à: (    ) Vivência Comunitária (     ) Vivência Pessoal? 5. Você já ouviu falar em Teologia Ambiental? (   )  Não   (    ) Sim, conheço  (    ) Sim, mas não conheço. 6. No espaço em que você pratica a sua fé a questão ambiental é comentada? (    ) Sim   (   ) Não 7. Quando foi a primeira vez que na sua comunidade de fé o tema ambiental foi enfocado? Caso a resposta for “nunca”, desconsidere a pergunta de nº 08. (    ) Nunca   (    ) Sempre  (    ) 01 ano atrás   (    ) 02 anos atrás. 8. Se ele é/ou foi enfocado, pergunto: ele é enfocado com que freqüência? (    ) Todos os meses   (    ) Cada semestre   (     ) Cada ano   (     ) Cada 02 anos. 9. Você avalia que a sua comunidade de fé, em relação à questão ambiental, é: (    ) Uma aliada   (    ) Uma inimiga   (     ) Não se importa.10. Você sabe o que é Ecologia Interior? (    ) Não   (    ) Sim, conheço   (    ) Sim, mas não conheço
Com este pudemos observar o tempo de fé de cada entrevistado, a motivação de sua fé, sua motivação de prática de fé e o conhecimento do assunto preposto. Ainda tomamos a liberdade de aferir o conhecimento sobre a Ecologia Interior, o qual, nós entendemos que seja propício para este primeiro momento.
De fato que o resultado mais esperado é baseado no conhecimento sobre teologia ambiental e daí termos conhecimento da importância que se dá em meio protestante.
Um total de 50 (cinqüenta) pessoas foram entrevistadas (todas em perfil acima mencionado). As entrevistas proporcionaram percentuais ajustados para a nossa pesquisa:
·         50% mencionaram professar a fé protestante por mais de 03 (três) anos
·         27% mencionaram professar a fé protestante por mais de 02 (dois) anos
·         13% mencionaram professar a fé protestante por mais de 01 (um) ano
·         10% mencionaram professar a fé protestante por menos de 01 ano.
·         100% mencionaram que a comunidade de fé é aliada das questões ambientais
·         70% mencionaram nunca ter ouvido falar em Teologia Ambiental
·         70% mencionaram que em suas comunidades não se fala em Teologia Ambiental
·         25% mencionaram já ter ouvido falar, mas não possuem conhecimento amplo
·         25% mencionaram já ter ouvido falar, mas não em suas comunidades de fé
·         05% mencionaram ter conhecimento sobre Teologia Ambiental
·         05% mencionaram ter ouvido falar sobre Teologia Ambiental, regularmente em suas comunidades de fé
·         90% mencionaram não conhecerem a Ecologia Interior (talvez conheçam com o nome de “Cura Interior”)
·         10% mencionaram que conhecem o assunto.
Entendemos, a partir desta pesquisa, que as comunidades de fé protestante não têm uma preocupação devida para esta questão ambiental, nem tão pouco, ao ensino de uma teologia concernente ao assunto ecológico, embora possamos encontrar logo nos primeiros capítulos de Genesis (Bíblia, regra de fé e de prática) a incumbência de Adão quanto à administração de tudo o que lhe foi conferido, ou seja, a natureza ou o ambiente.

O protestantismo está baseado em fé e prática daquilo que se crê. Ficamos atônitos nos perguntando do porque o esquecimento de um assunto de tão grande importância. Talvez estejam os protestantes de hoje, tais quais os de Tessalônica em tempos primórdios da Igreja, os quais foram exortados pelo apóstolo Paulo sobre a necessidade de vivermos a vida que o próprio Pai nos deu e, assim deixarmos a pós-vida para o momento certo. Uma frase de Richard Niebuhr chama a atenção: “A fé é o desapego dos que aguardam a madrugada e não perdem tempo olhando para trás”.

Não obstante, a maioria dos entrevistados nunca ter ouvido falar em Teologia Ambiental, ambos concordam veementemente que a Igreja deva ser uma grande aliada desta questão. Pensamos que sendo assim, talvez falte aos líderes tocarem neste assunto. Bem, para tocar no assunto é preciso estudar, é preciso conhecer, é preciso o interesse e o despertamento. É preciso uma teologia consciente e equilibrada quanto às questões ambientais, no intuito de vivermos esta vida (um presente de Deus), com qualidade. E não seria isto que Deus quer?

O que nos chamou atenção nesta pesquisa foi o enfoque dado ao espírito e não à mente e ao corpo. De certo que a Teologia menciona os caminhos dicotômicos e tricotômicos, em relação à constituição antropológica, no entanto, ambos lidam com o sobrenatural e o natural. Por que então enfocarmos somente o espiritual? Se uma parte de nós, seja espiritual, seja carnal, seja mental, estiver mal, acaso todo o ser não sentirá? É claro que sim. Então é preciso às comunidades protestantes e aos seus líderes uma preocupação maior neste sentido. Tratar o assunto de Ecologia Interior ou de Cura Interior nos parece irrelevante quando o que é realmente imprescindível é que ambos os termos tratem de corpo, alma e espírito. Claro que o ambiente em que vivemos é primordial neste equilíbrio.

Chegamos à conclusão que a fé protestante precisa ser educada no sentido ambiental. Os que professam esta fé estão prontos para serem ensinados, estão prontos para serem utilizados. Os líderes protestantes precisam se separar do neoliberalismo e se voltarem às Escrituras. Não defendemos uma “contra-contra reforma”, mas defendemos uma volta aos princípios de liberdade proposta por Deus. Aliás, a Reforma foi por isto. É preciso defender a liberdade de uma vida sadia, em sentido amplo. Vida sadia espiritualmente, vida sadia emocional e intelectualmente e vida sadia fisicamente. A fé protestante deve defender os seus ideais primórdios e se voltar para os princípios aos quais foi capaz de nascer, crescer e se movimentar. Por certo, um ideal libertário com amplitude ambiental e social.

pr. Me. Sergio Gil

domingo, 8 de maio de 2011

O Uso da informática em Holística e Hodierna Vida Estudantil

É inevitável o uso da informatização de uma forma geral no dias de hoje, e ainda acreditamos que o será, mais ainda, nos tempos futuros. Assim como a escrita, a informática chegou para ficar. Abrindo espaço e atingindo, cada vez mais, os espaços em nossos lares, locais de instrução e no desenvolvimento do trabalho, produzindo. Não obstante, tudo o que é prático, tem beleza, tem bondade deve ser bem manejado e deve ter propósitos éticos e morais, isto é, deve servir ao homem, e não ser servido.
O uso da informática na sala de aula causa grande avanço no ensino e no aprendizado. Os professores, responsáveis por direcionarem o aprendizado, sendo também líderes aprendizes, têm como ferramenta uma importante tecnologia afim de beneficiarem os seus métodos de ensino. A relação de aprendizado audio visual, pesquisas em retirada de dúvidas podem ser muito mais rápidas, demonstrações de outras linhas de pensamentos, demonstrações de mapas, tabelas e etc. Com tudo isso, o aluno só tem a ganhar, pois a sua capacidade e viabilidade de absorção fica muito mais ampliada. Não obstante, o preparo estudantil e profissional para uma vida presente e futura. Contudo, devem ser avaliados métodos para o direcionamento ético e moral de aprendizagem.
A vida estudantil informatizada doméstica deve seguir os mesmo padrões éticos e morais, uma vez aprendido em sala de aula, e ainda, respeitar os próprios padrões, uma vez definidos, pela própria família. Sejam nas tarefas diárias e nas pesquisas mais avançadas, a família precisa estar presente. A família precisa ser o apoio e o baluarte para os que crescem. É imperioso a aprendizagem dos valores que precisam ser mantidos. A automação e a digitalização, ambas informatizadas, estão cada vez mais presentes na vida doméstica. Como todas as coisas, precisam ser bem utilizadas.
Quase todas as profissões lidam diretamente com a informação eletrônica. O trabalhador, cada vez mais, precisa dominar os recursos informatizados. Muitos destes recursos são aprendidos anteriormente em salas de aulas, ou em ambientes familiares. O recrutamento feito pelas empresas precisam admitirem funcionários que já lidam bem com a tecnologia. As empresas, não têm mais tempo a perder. A concorrência entre o ambientalizado em informática e o desambientalizado é quase que "desleal". Levando este dado em conta, o uso da informática deve ser parte da vida do estudante.
Concluo nesta dissertativa que o uso da informática na vida holística e hodierna estudantil é de imperiosa valia. No entanto, é preciso também pensarmos no que é ético e no que é moral. A análise e reflexão são requisitadas.
Pr. Me. Sergio Gil

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Uma visão sociopsicoteológica I

O fato dos cristãos serem cruelmente perseguidos, na época dos primeiros imperadores, no início do cristianismo, expõe um sentimento de auto-sobrevivência. E para sobreviver é mais sensato a união e a solidariedade para que fossem sanadas as necessidades mútuas. Para que fossem amenizadas as crueldades expostas e implacáveis das perseguições. A prática dos atos de congraçamentos tinha o objetivo de inteirar o sentimento em comum, a fé. A manifestação da fé através de práticas que expunham o sentimento de um mesmo reino trazia as marcas de um testemunho mais autenticado e verdadeiro. A comunhão ou a Koinonia, tinha ou têm uma expressão intrínseca de aproximar os que a praticam e, aproximar o homem de Deus. Torna-se prazeroso o importar com o próximo e isso traz proximidade com Espírito Santo.
É interessante analisarmos o documento redigido para os da Igreja recente com a preocupação do ensino às práticas e ordenanças deixadas por Cristo e posteriormente pelos apóstolos, o Didaquê. Realmente, com um título apropriadíssimo, redigia uma série de ensino e orientações aos crentes da época. Por certo, um documento que servia para um ensino em comum e para substituir, momentaneamente, o espaço ainda a ser preenchido pelos livros e cartas canônicos sagrados. Certo é que o documento tanto beneficiava os mais novos quanto os mais antigos, dando uma uniformidade às diversas comunidades cristãs de época. Não obstante, o Didaquê se propunha também a orientação da prática solidaria e amorosa em comunidade e a preocupação temporal com todas as almas, cristãs ou não.
A expressão “ágape” é bem conhecida nos meios evangélicos, a qual significa o amor em comunhão. Comunhão com o próximo e comunhão com o Pai Eterno. No entanto, o seu significado pragmático deixa de ser efetuado quando, simplesmente, esquecemos da necessidade de nossos irmãos, e ainda, porque não falarmos da necessidade daqueles que ainda não são nossos irmãos, mais que possuem a qualidade de serem criaturas de Deus. Então, se fizermos bem a estes, também estaremos fazendo bem ao Pai, pois trabalharemos com as criaturas de um Pai perfeito. A celebração ágape deve ser marcada pela preocupação com o próximo, o bom senso, e o olhar de servir uns aos outros, porque se assim não for acaba se tornando uma mazela em meio ao povo, acaba se tornando uma demonstração de ganância, soberba e o egoísmo, prejudiciais ao seio da comunidade. Interessante é esta prática! Leva-nos a pensar que com este exercício, estamos falando de valorização da vida humana. Estamos falando intrinsecamente que todos os que participam são valorizados havendo ordem e decência, havendo uma dimensão social que inclui o excluído e todos saem gozando de uma consideração superior.
Em situações extremas a Igreja não pode se furtar ao acompanhamento das vítimas e nem tão pouco a ajuda hospitalar e acolhida aos desabrigados. Em caso de terremotos, enchentes, e outras catástrofes a comunidade de Deus precisa se manter firme no aspecto de apoio de acalento e prioridade. Nestas épocas os cultos se fazem mais do que necessários, pois servirão para curar a alma desvalida e desesperançosa. O trabalho físico em prol às necessidades é indispensável e prioritário.

Te Deum Laudamus
Pr. Me. Sergio Gil

Um visão sociopsicoteológica II

A diaconia por certo é manifestada em textos bíblicos e exaltada pelas próprias ações do mestre Jesus Cristo. O Salvador veio para a ajuda eterna, ou seja, para solucionar o destino destruído do homem, no entanto, a Sua obra é completa e inigualável, acarretando assim a ajuda na vida temporal, e nas necessidades temporais. Por certo Paulo em suas viagens visualizou as necessidades de crentes de várias localidades, inclusive de Jerusalém, por isso enfatiza em alguns momentos em suas epístolas o trabalho de levantamento de ofertas a serem utilizadas no socorro dos irmãos necessitados. Quando o Cristianismo se tornou estatal, ou seja, religião oficial do Império, suas práticas são legalizadas e pragmatizadas pela situação de época, estabelecendo assim novos rumos para as relações sociais.
Como decorrer dos tempos e co o fortalecimento do Cristianismo e a Igreja sua principal instituição representativa, torna-se gananciosa o que deveria ser uma situação altruísta. Infelizmente com o poder o homem se corrompe e não consegue enxergar o real valor de uma ação socorrista, ou de uma ação benevolente e piedosa, pois os olhos de um ganancioso só conseguem visualizar uma situação favorável egoísta e impiedosa. No entanto, ainda assim vemos surgirem neste tempo instituições importantes especializadas na causa do bem estar do próximo. Ainda havia a esperança do bem, ainda se via a herança dada por Deus em criação do homem.
Quando o mundo passou pelas guerras e pela total destruição de benesses o sentimento foi de desfavorecimento total. Surge depois deste período o questionamento sobre a existência de Deus (Nietzsche), o que sugeriria um total desprezo do que Deus e seu filho Jesus sempre ensinaram. Ou ainda, uma filosofia conhecida por Niilismo (Jean Paul Sartre) tendo como principio o descrédito na humanidade e naquilo que o homem pode fazer de bom, sendo que nesta, poderíamos escolher entre aguardar o mundo se autodestruir ou apressar para que isso aconteça. É claro que a valorização da vida venceu a todas estas filosofias.
Nos dias de hoje, o cristianismo precisa pensar mais seriamente na satisfação das necessidades dos menos providos. É preciso agir com equilíbrio na satisfação material e espiritual. Não há fé se não houver obras, no entanto, não são as obras que demonstram fé. Entendemos que ao entendermos a obra de Cristo e ao sermos constrangidos pelo amor de Deus (1ª Co 15) é automático o nosso interesse pelo próximo. Somos atingidos por este amor e por esta necessidade de praticarmos este amor. A Igreja deve atentar para o fato de que a verdadeira prosperidade é aquela em que temos as nossas necessidades satisfeitas e ainda temos para abençoar a quem precisa, nunca a capacidade de acumular bens.
Te Deum Laudamus
Pr. Me. Sergio Gil

terça-feira, 3 de maio de 2011

Sobre os fundamentalistas

Há uma incoerência denotada de uma “reivindicação” da forma mais pura de seguir os passos de um cristianismo autêntico. Parece-nos que o fundamentalismo seja incoerente com ele mesmo, já que a fundamentação bíblica é o amor e a tolerância, procurando comunhão explícita no que entendemos sobre amar uns aos outros. Nesta perspectiva é interessante pensar em como teríamos capacidade de afirmarmos interpretações e verdades absolutas? Não obstante, entendemos que a auto-insuficiência humana está mantida por filosofias soberbas e desastrosas. No entanto, não podemos concordar com a falta de diálogo, com acusações e determinismos expostos em texto.
Por que os fundamentalistas atribuem para si, total verdade em suas interpretações? Quem lhes impõe a total certificação de que os valores expostos, após suas interpretações, são os caminhos mais corretos a serem seguidos? O que os fazem pensar que são iluminados fundamentalistas, ou ainda, que são detentores desta iluminação? Não seria fundamental a tolerância? E o que é a verdade fundamentalista?

Que parâmetros verdadeiros, nós teríamos para reivindicarmos uma fundamentalização clara e verdadeira? Não seria com diálogos, com proximidades, com respeito e a procura de pontos em comum? Não seria com total cordialidade e com o se preocupar em absorver o melhor de um pensamento adverso? Se for assim, então não poderíamos aderir a fundamentalização, pelo próprio impedimento conceitual

Pr. Me. Sergio Gil

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Carta de uma irmã

Fiquei tão alegre com esta carta, que decidi publicar!

Pr. Sergio Gil,

As vezes, passamos momentos em nossas vidas em que o nosso entendimento, as nossas conclusões são assoladas pelas circustâncias. O nosso coração sofre, a nossa alma sofre e, mesmo com toda nossa sabedoria fazemos mil questionamenstos. Ficamos com medo e muito inseguros. Quando isso acontece, não há sabedoria, não há dinheiro, não há nada que possa suprir, ou melhor, preencher esse vazio causado pelas incertezas. Mas, em meio a tantas incertezas, uma verdade, uma certeza, uma convicção tem nos sustentado: A Palavra de Deus e a presença dEle em todos os momentos.

Deus, nesses últimos dias, tem me despertado a orar por ti. O motivo eu não sei, e isso é o que menos importa, mas uma coisa eu sei, o quanto Deus te ama, o quanto Ele zela pela tua vida, e que Ele con hece b em o teu coração, por isso declara de inúmeras formas, como tuú és precioso para Ele, e como Ele deseja usá-lo muito e muito mais... Ele conhece as suas limitações e, também o seu potencial.

Eu não costumo fazer isso, mas fiz porque o Senhor que deixar bem claro, o quanto Ele te ama! Então, continue crendo, mesmo diante das dificuldades, e saiba, que não somente eu, mas com certeza, outros se levantaram para interceder por ti, porque assim Deus determinou

Com carinho, sua aluna, Ana Lucia