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quinta-feira, 5 de maio de 2011

Uma visão sociopsicoteológica I

O fato dos cristãos serem cruelmente perseguidos, na época dos primeiros imperadores, no início do cristianismo, expõe um sentimento de auto-sobrevivência. E para sobreviver é mais sensato a união e a solidariedade para que fossem sanadas as necessidades mútuas. Para que fossem amenizadas as crueldades expostas e implacáveis das perseguições. A prática dos atos de congraçamentos tinha o objetivo de inteirar o sentimento em comum, a fé. A manifestação da fé através de práticas que expunham o sentimento de um mesmo reino trazia as marcas de um testemunho mais autenticado e verdadeiro. A comunhão ou a Koinonia, tinha ou têm uma expressão intrínseca de aproximar os que a praticam e, aproximar o homem de Deus. Torna-se prazeroso o importar com o próximo e isso traz proximidade com Espírito Santo.
É interessante analisarmos o documento redigido para os da Igreja recente com a preocupação do ensino às práticas e ordenanças deixadas por Cristo e posteriormente pelos apóstolos, o Didaquê. Realmente, com um título apropriadíssimo, redigia uma série de ensino e orientações aos crentes da época. Por certo, um documento que servia para um ensino em comum e para substituir, momentaneamente, o espaço ainda a ser preenchido pelos livros e cartas canônicos sagrados. Certo é que o documento tanto beneficiava os mais novos quanto os mais antigos, dando uma uniformidade às diversas comunidades cristãs de época. Não obstante, o Didaquê se propunha também a orientação da prática solidaria e amorosa em comunidade e a preocupação temporal com todas as almas, cristãs ou não.
A expressão “ágape” é bem conhecida nos meios evangélicos, a qual significa o amor em comunhão. Comunhão com o próximo e comunhão com o Pai Eterno. No entanto, o seu significado pragmático deixa de ser efetuado quando, simplesmente, esquecemos da necessidade de nossos irmãos, e ainda, porque não falarmos da necessidade daqueles que ainda não são nossos irmãos, mais que possuem a qualidade de serem criaturas de Deus. Então, se fizermos bem a estes, também estaremos fazendo bem ao Pai, pois trabalharemos com as criaturas de um Pai perfeito. A celebração ágape deve ser marcada pela preocupação com o próximo, o bom senso, e o olhar de servir uns aos outros, porque se assim não for acaba se tornando uma mazela em meio ao povo, acaba se tornando uma demonstração de ganância, soberba e o egoísmo, prejudiciais ao seio da comunidade. Interessante é esta prática! Leva-nos a pensar que com este exercício, estamos falando de valorização da vida humana. Estamos falando intrinsecamente que todos os que participam são valorizados havendo ordem e decência, havendo uma dimensão social que inclui o excluído e todos saem gozando de uma consideração superior.
Em situações extremas a Igreja não pode se furtar ao acompanhamento das vítimas e nem tão pouco a ajuda hospitalar e acolhida aos desabrigados. Em caso de terremotos, enchentes, e outras catástrofes a comunidade de Deus precisa se manter firme no aspecto de apoio de acalento e prioridade. Nestas épocas os cultos se fazem mais do que necessários, pois servirão para curar a alma desvalida e desesperançosa. O trabalho físico em prol às necessidades é indispensável e prioritário.

Te Deum Laudamus
Pr. Me. Sergio Gil

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